A conversa da Bruna com a Gensiane

Como falei antes, foram tantas coisas que aconteceram nesta viagem, tantas imagens captadas, tanto conhecimento dividido, partilhado e na mais absoluta verdade MULTIPLICADO!! Cada um levou seu pequeno conhecimento e aprendeu muito com os outros, só não enriqueceu a caminhada quem não quis. Mas eu quero falar de algo especial que aconteceu conosco quase na hora de vir embora, deu vontade de ficar! Engraçado como as melhores coisas de uma viagem gostam de acontecer perto da hora de se ir embora, parece que é para deixar um gostinho na boca e coceira no pé para voltar... Tá, vou contar: Na nossa sala de recursos a gente tem duas surdocegas, mas a perda visual delas não exige ainda o uso de braille e a perda auditiva não exige língua de sinais, por isto não sabemos quase nada de LiBras, mas a curiosidade nos acompanha desde a formatura da Bruna no Rumo Norte em telefonia, porque havia intérpretes de Libra dizendo o que as pessoas falavam no microfone e eu contando o que se via para meus alunos. Neste dia a Gislaine (aquela mão que segura as conchinhas na foto) fez uma pergunta interessante: Professora, como eu vou fazer para conversar com um surdo? Ele não ouve o que eu falo e eu não vejo o que ele diz?!? Estava ali plantada a curiosidade que vinha nos beirando de perto, mas nosso contato com a comunidade surda é pequeno... Lá em Santo Ângelo a Bruna fez amizade com a Gensiane, a Bruna deficiente visual total e a Gensiane deficiente auditiva também total. Com o auxílio do intérprete José e o bocadinho que eu sabia, a comunicação aconteceu e em Libras, muito legal!!! Curtam a fotos! Abração Fátima