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Professora Fátima Rosane Dias Azambuja
e-mail: vemoscomasmaos@gmail.com
Sala de Recursos para Deficientes Visuais da E.E.E.M.Sen.Salgado Filho - Alvorada-RS

domingo, 24 de janeiro de 2010

Recebi um email com dúvidas e resolvi responder aqui pois pode sera dúvida de outros também.




Bom dia!
Sou professora da Escola Normal 1 de Maio e estou fazendo um trabalho sobre a inclusão de um aluno com cegueira total e sem deficit cognitivo. Gostaria de saber se podes me ajudar, esclarecendo algumas dúvidas:
1) Como é a trajetória de um aluno com deficiência visual total em uma classe inclusiva?
2) Como o professor deve ser preparado?
3) Como se faz a adaptação do aluno na escola e na sala de aula?
 
Se puderes me ajudar ou me indicar livros ou sites para pesquisa, te agradeço.
Atenciosamente,
Luciane Degar
 


Luciane, desculpa não ter te respondido antes, entre tantos emails, não sei porque pulei o teu, desculpa mesmo. Se ainda posso te ser útil... aqui vão minhas respostas:
Um aluno cego que não tenha comprometimento mental vai ter o mesmo desenvolvimento que os demais, somente vai usar uma forma de escrita diferenciada que é o Braille. Caso não saibas o braille, um lugar muito fácil para aprender é o site www.braillefacil.com.br o braille é um código de escrita, o texto fica "criptografado com bolinhas" que variam em seis posições e seis quantidades. Se a professora da sala de aula souber o braille facilita bastante, eu defendo a ideia de mostrar o braille a todos, mesmo quem não é cego. O alfabeto que se coloca na sala, na frente de todos os alunos em forma e em cursiva, maiúscula e minúscula também deve ser apresentado em braille e libras.
  Os trabalhos que se faz com a letra, se faz com a letra em braille para o aluno que não enxerga: Enquanto os colegas colam bolinhas no desenho da letra a, o dv cola bolinhas na bolinha quer está na parte de cima esquerda de um retângulo que tem espaço para outras cinco bolinhas que ficarão vazias e assim por diante. A escrita é que exige uma habilidade maior, caso a escola ou o aluno adquira uma máquina de escrever em braille fica mais fácil pois na máquina a gente escreve direto do mesmo jeito que lê, é só treino. Mesmo tempo que os colegas, até menos tempo.Caso use a reglete a atenção é redobrada e exige bem mais treinamento porque na reglete a gente escreve pelo verso da folha, portanto a escrita é espelhada.
 A escola deve ser toda apresentada ao aluno e os caminhos mais utilizados devem ser enfatizados a cada saída até que o aluno esteja seguro, é importante forçar a independência aos poucos e com segurança mas buscar a independência. 
  O aluno dv tem direito ao atendimento especializado em sala de recursos para Dv no turno inverso ao escolar onde estes treinamentos e outros como o uso da bengala e demais equipamentos de apoio serão desenvolvidos, porém a sala de aula não pode ser um lugar onde ele fica isolada, fazendo nada porque nada ele pode fazer. Tudo pode ser adaptado para que o colega participe e as crianças são muito melhores que os adultos para adaptar brincadeiras e jogos para que o colega participe, é importante apresentar o colega deficiente identificando bem sua deficiência, suas capacidades e limitações, se for possível, melhor que o próprio aluno se apresente aos colegas com o apoio da professora. Bateria de perguntas funciona muito bem. Aconselho a fazer esta conversa com os pais também porque o adulto é muito preconceituoso e muitas vezes uma criança começa a se afastar do dv a pedido dos pais ( a professora precisa estar atenta a isto). Aconselho que sente a frente, não pela visibilidade mas para facilitar a audição pois a fala dos colegas dificulta bastante. 
 Olha para teu aluno dv da mesma forma que olha para os outros, é possível perceber para onde está olhando através do som da voz.
 Espero ter sido útil por enquanto. Vou colocar este email no nosso blog www.vemoscomasmaos.blogspot.com , talvez ajude outras. Obrigada pela oportunidade de responder tuas dúvidas.    
Qualquer outra dúvida estamos a disposição.

---, vemos com as mãos  

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Thiago e Vanessa.

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